Arquiteta, urbanista e teórica, escritora e educadora cujos projetos e ideias influenciaram os arquitetos e pensadores em todo o mundo.
Denise Scott Brown (sobrenome de solteira, Lakofski) trabalhou em colaboração com Robert Venturi no escritório Venturi, Scott Brown and Associates (VSBA) na ampla gama de projetos do escritório de arquitetura e como diretora encarregada pelos projetos de planejamento urbano e urbanismo. Sua experiência com trabalho interdisciplinar, docência e pesquisa contribuiu com a amplitude e profundidade do projeto arquitetônico do VSBA.
Scott Brown projetou para South Street e Old City, Philadelphia, Jim Thorpe PA, município de Princeton NJ, Miami Beach FL e Memphis TN. Escreveu e aconselhou sobre a implantação do World Trade Center de Nova Iorque, Philadelphia Penn’s Landing, Vale do Bouregreg em Marrocos, e a cidade de Nova Orleans, além de ser diretora do VSBA enquanto projetou-se e programou-se o National Museum do Smithsonian of the American Indian.
Coordenou o masterplan da Universidade da Pensilvânia e da Universidade de Michigan, além dos estudos prévios ao planejamento das faculdades Bryn Mawr e Williams em Dartmouth, o Instituto Radcliffe de estudos avançados na Universidade de Harvard e as Universidades de Kentucky, Brown e Tsinghua (Beijing). Desenvolveu anteprojetos e desenhos conceituais para projetos de arquitetura que surgiram a partir desses estudos, em Dartmouth (Biblioteca Baker – Berry), Penn (Perelman Quadrangle), Kentucky (edifício de pesquisa de Ciências Biomédicas e Biológicas) e Michigan (Instituto de Ciências da vida, edifício de Grado e Palmer Commons).
Além disso, Scott Brown ocupou cadeiras de arquitetura e planejamento nas universidades da Pensilvânia, Harvard, UCLA, UC Berkeley e Yale. Seus projetos de pesquisa, Aprendendo com Las Vegas (1972; Edição Revisada 1977; Robert Venturi e Steven Izenour) e Aprendendo com Levittown (1970 com Robert Venturi) aprofundaram os temas da emergente cidade do automóvel, da relação social e física na arquitetura e urbanismo, e o papel do simbolismo e da comunicação na arquitetura. Suas técnicas influenciaram na evolução da pesquisa arquitetônica nos últimos quarenta anos.
Quando Robert Venturi foi nomeado como vencedor do prêmio de arquitetura Pritzker em 1991, Denise Scott Brown não assistiu à cerimônia de entrega do prêmio em sinal de protesto por não ser considerada. A organização do prêmio, a Fundação Hyatt, declarou que, em 1991, apenas se premiavam arquitetos individualmente, uma prática que mudou em 2001, com a escolha de Jacques Herzog e Pierre de Meuron, ainda que o prêmio tivesse sido entregue a dois vencedores em 1988.
Finalmente, em 2017 Denise Scott Brown recebe o Prêmio Jane Drew, um prêmio que reconhece a arquiteta que "elevou o perfil da mulher na arquitetura" através de sua obra e compromisso com a excelência no projeto, como parte dos Women in Architecture Awards de The Architectural Review (AR).
O prêmio concedido a Scott Brown é o resultado de uma pressão popular a favor do reconhecimento adequado de sua contribuição com a profissão, em movimento no qual surgiu a raiz da campanha Women in Architecture em 2013, 25 anos depois de seu sócio Robert Venturi ganhar o Prêmio Pritzker.
* Texto cortesia de Um Dia | Uma Arquiteta
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